terça-feira, fevereiro 07, 2006


Ontem terminei de ler "Confissão de Lúcio" de Mário de Sá-carneiro, é a primeira vez que leio uma obra em prosa dele, pois, ele é bastante conhecido por seus poemas, a história se passa entre Lisboa e Paris no final do século XIX, início do século XX.
Lúcio é um escritor que frequenta o meio intelectual de Paris, por meio de seu amigo Gervásio Vila-Nova conhece o poeta Ricardo Loureiro, tornam-se muito próximos, até que um dia Ricardo volta para Lisboa e casa-se, pouco tempo depois Lúcio também volta para Lisboa e retoma sua amizade com Ricardo e também com sua mulher Marta.
É a partir daí que o drama torna-se mais intenso e culmina na morte de Ricardo e no desaparecimemto de sua mulher, Lúcio é acusado pelo crime, é preso e cumpre 10 anos de reclusão, depois desde tempo ele resolve confessar tudo que realmente aconteceu.
O livro traz uma densa descrição das relações humanas, as amizades e hipocrisias da burguesia da época, relações superficiais em que por mais íntimo que vc se torne de uma pessoa nunca sabe quem realmente ela é.
Há uma discussão sobre sexualidade, a busca por uma identidade e uma aceitação.
Vou parar por aqui antes que desvende o mistério que cerca a confissão de Lúcio, recomendo que todos leiam.

Um comentário:

Unknown disse...

Saudações Clarice! Obrigado por responder...Percebí que fui descuidado, melhor: precipitado. Me perdoe. Mas há um certo charme na complexidade. Vou ler Sá Carneiro, que parece ter sido igualmente complexo. Já disseram que o melhor ser humano é o ser humano angustiado. Concordo em parte . Saber-se melhor é uma superficialidade. No mais é um prazer visitar teu blog.
Obrigado!