domingo, maio 28, 2006


Este é um dos poemas do Torquato Neto que mais gosto, tenho muita simpatia por este ilustre poeta marginal.
Cogito
eu sou como eu sou
pronome pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente e vivo tranquilamente
todas as horas do fim.

3 comentários:

Aline Erika disse...

Já procurei, mas não achei nada sobre a literatura galega aqui no Brasil. Escolho os poemas brasileiros intencionalmente, acho a cultura do meu país muito rica, porém pouco conhecida, até por nós mesmos.
Verdade, já tinha colocado este poema, tinha esquecido.
Quanto a pergunta: Escrevo sim, já coloquei um poema meu aqui, não sei se você viu, o problema é que sou muito crítica comigo, sempre acho que está ruim.
O meu namorado o Coyote tem poemas ótimos, o endereço do blog dele está na lista, procura por "Uivo do Coyote" acho que você vai gostar.
Valeu!!!
Beijosssssss

Aline Erika disse...

Pois é... Vou tentar colocar mais alguma coisa minha aqui, mas nunca mais escrevi nenhum poema, só prosa.
Você poderia me indicar algum autor galego contemporâneo?
Se você tiver algum e-book pode me mandar pelo e-mail : clariceorwell@hotmail.com

Aline Erika disse...

Entendo, também não gosto de discursos feministas extremados, acabam soando falso.
Acredito que vocês conhecem mais sobre nossos escritores do que nós sobre os seus. É uma pena, mas como já me disse um professor, literatura é um hobby para poucos, apenas aqueles que escrevem livros "fáceis" conseguem sobreviver nesse mercado e atingir o mundo com sua "literatura pop", e por que não dizer pobre.